Sierra Ballena I / AFRa

Sierra Ballena I / AFRa - Mais Imagens+ 21

Punta Ballena, Uruguai
  • Arquitetos: AFRa; AFRa
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  1500
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2013
  • Fotógrafo
  • Colaboradores: Diego Gomez, Francisco Facio, Lucia Chuburu
  • Estrutura: Magnone Pollio engenheiro civil
  • Construtora: Construtora Feltom
  • Arquitetos Responsáveis: Pablo Héctor Ferreiro, Saturnino Armendares, Joaquín Ignacio Leunda, Andrés Gomez Muñoz, Roberto Félix Dufrechou
  • Cidade: Punta Ballena
  • País: Uruguai
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© Federico Kulekdjian

Descrição enviada pela equipe de projeto. Os projetos que estamos desenvolvendo no morro da baleia, última montanha do maciço brasileiro antes de submergir-se ao mar, representam um grande desafio, respeito ao capital excedente e seu impacto sobre o território.

© Federico Kulekdjian

Nossa região transita em uma dessa épocas de crescimento cíclico, e ali é justamente onde a arquitetura deve assumir, do melhor modo possível, estas operações de geração de renda que urbanizam o território. A Baleia é um local de extrema beleza, na dimensão oceânica da baia de Maldonado, e sua condição de desfiladeiro está profundamente instalada na memória coletiva.

Corte Transversal Conjunto

Construir um edifício ali, significou um desafio, em términos de escolha das estratégias projetuais que de algum modo assumiram a alteração desta condição, produzindo uma operação que honraria tal pré-existência.

© Federico Kulekdjian

O projeto atravessou ambas noções que esta apresentação manifesta;

Em primeiro lugar, o código que regulava a construção no desfiladeiro é o mesmo que regulamenta a construção da orla marítima, o que entendemos errado: as estratégias para não criar uma orla marítima contínua entre o tecido urbano e o mar não eram recomendáveis aqui, dado ao fato de que a malha urbana, diferentemente do caso anterior, está entre a rua pública e o mar, e usar as mesmas estratégias, poderia obstruir a maravilhosa vista, patrimônio coletivo.

© Federico Kulekdjian

Ir em busca desta legitimidade do local, nos fez questionar a legalidade do código, colocando em risco os investimentos ao solicitar mudança nas normas, não para maximizar os indicadores, mas sim para ir em busca das melhores condições para a antropização do local que entendíamos como menos prejudicial.

Planta Inferior Conjunto

Uma vez obtida esta nova condição, as decisões do projeto edílico deveriam manifestar a dimensão e a condição do local, nesta ideia de natureza, geografia e lugar, em seu mais profundo sentido, como primeira arquitetura. 

© Federico Kulekdjian

O sistema das moradias foi pensado com a criação de espaços na lógica da inclinação, entre um solo rochoso e uma cobertura tectônica que recuperam a condição vegetal pré-existente. 

© Federico Kulekdjian

Qualquer decisão de escala sobre o projeto deveria priorizar os elementos sugeridos pela paisagem diante da possibilidade de colocar em evidência a escala humana: as proporções dos elementos vêm desta dimensão e uma porta ou janela são alterações de ritmo do material nesta escala mais além do que permitir passar pessoas ou luz.

© Federico Kulekdjian

A materialidade do edifício busca reutilizar o material removido na obra, ressignificando a pedra suporte da inclinação e recriando em coberturas e limites a vegetação que naturalmente retoma o prédio, acostumada a viver com escassez de água e fortes ventos. Ventos que na sua habitualidade são tomados pelo projeto no seu corte, e nos pátios, que permitem o surgimento de ventilações duplas e proteção.

Corte Transversal Unidade

Diferentemente do que indicam as regras do mercado imobiliário, nos parece valioso ter projetado um edifício que não é facilmente reconhecível, que ainda assumindo todas as necessidades deste tipo de empreendimento, na sua vocação de desfiladeiro, se integra como uma reinterpretação da preexistência.

© Federico Kulekdjian

O projeto de arquitetura procura retomar a condição projetual clássica que neste local instalaram referências como Bonet e Amato, assumindo complementarmente a nova dimensão que a época propõe, integrando razão e natureza, buscando, como sempre, que a arquitetura assuma os desafios da sua época e seu lugar. 

Galeria do Projeto

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Localização do Projeto

Endereço:Punta Ballena, grutas e rota panorâmica, Camino a la Ballena, Uruguai

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Sobre este escritório
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Cita: "Sierra Ballena I / AFRa" [Sierra Ballena I / AFRa] 18 Mar 2015. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/763484/sierra-ballena-i-afra> ISSN 0719-8906

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